Para muitas pessoas ao redor do mundo, a semana de trabalho de cinco dias parece ser como a vida sempre funcionou. No Brasil, porém, muita gente ainda trabalha seis dias da semana e folga apenas um, o que tem gerado muito debate, especialmente porque um projeto de lei sobre o assunto está circulando na Câmara. Mas, à medida que nossas sociedades se desenvolvem e questões como o esgotamento se tornam mais prevalentes, estamos começando a examinar mais de perto o sistema que considerávamos garantido e percebendo algumas grandes disparidades entre nossas horas de trabalho e a produtividade.
O governo espanhol, por exemplo, fez progressos na implementação de uma reforma trabalhista histórica ao reduzir a semana de trabalho padrão de 40 para 37,5 horas, mantendo os salários inalterados. A Ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, está liderando esta iniciativa para melhorar o bem-estar dos funcionários e aumentar a produtividade.
Originalmente, o plano era introduzir uma redução gradual nas horas de trabalho, mas, devido aos atrasos contínuos, Díaz agora está defendendo uma mudança imediata para uma semana de trabalho de 37,5 horas. O cronograma revisado deve ser totalmente implementado até 31 de dezembro de 2025, permitindo que as empresas se ajustem em 2026. Mas enquanto os sindicatos comemoram a perspectiva de uma semana de trabalho reduzida, muitos líderes empresariais expressam preocupações com o aumento dos custos. Sua principal preocupação é que manter os salários atuais enquanto cortam horas pode colocar uma pressão financeira significativa nas empresas. Apesar dos debates em andamento, a possibilidade de uma semana de trabalho de quatro dias está ganhando força na Espanha. O governo já lançou um programa experimental para explorar a viabilidade de reduzir as horas de trabalho sem comprometer a produtividade. Até agora, 41 pequenas e médias empresas (PMEs), empregando aproximadamente 500 trabalhadores no total, se inscreveram na iniciativa. No entanto, resultados concretos do experimento ainda estão pendentes, deixando formuladores de políticas e empresas ansiosos para avaliar sua viabilidade a longo prazo.
No Reino Unido, o debate já está muito mais avançado. Em um dos maiores testes de uma semana de quatro dias até agora, 61 empresas britânicas - incluindo bancos, restaurantes de fast-food e agências de marketing - deram a seus funcionários um dia de folga remunerado a mais por semana para ver se eles poderiam fazer o mesmo trabalho com mais eficiência em menos tempo. Depois de registrar quedas acentuadas na rotatividade de trabalhadores (pedidos de demissão) e dias de doença, mantendo a produtividade durante o teste de seis meses, mais de 90% das empresas disseram que continuariam testando a semana mais curta, enquanto 18 já planejavam torná-la permanente, segundo relatos do Wall Street Journal.
A ideia da semana de trabalho de quatro dias parece bastante radical para muitos, mas, na verdade, foi comprovado por grandes empresas que tem vários benefícios, aos quais você e sua empresa vão querer prestar atenção. Clique para saber mais e entenda por que a escala 6x1 é tão problemática.