O tráfico de pessoas é um crime que tem suas raízes fincadas no comércio de africanos escravizados no século XVI. De fato, é uma forma de escravidão moderna definida pelo ato ilegal de coletar, mover, receber ou manter seres humanos por ameaça, força, coerção ou engano para fins de exploração, como serviço de trabalho, relações íntimas e até mesmo remoção de órgãos.
Mais recentemente, a Tailândia recebeu 260 vítimas de tráfico humano de Mianmar, a maioria etíopes, segundo seu exército em 13 de fevereiro. E dois brasileiros fazem parte desta triste estatística. Essa grande tranferência acontece enquanto as autoridades reprimem os centros de passagem e golpe ao longo da fronteira.
Os brasileiros Luckas Viana dos Santos e Phelipe de Moura Ferreira aceitaram falsas promessas de emprego no ano passado e acabaram sendo vítimas de tráfico humano em KK Park, Myanmar, por três meses. Luckas, 31 anos, tinha ido trabalhar num cassino nas Filipinas, convidado por um amigo, mas o local fechou e, como ele não tinha dinheiro para voltar ao Brasil, aceitou outra oferta de trabalho na região, que era, na verdade, um golpe. Ele foi levado por mafiosos e acabou sendo escravizado e obrigado a aplicar golpes. Phelipe, 26 anos, foi feito refém em novembro de 2024. Ele já tinha experiência em trabalhar fora do país e estava no Uruguai quando recebeu uma oferta de emprego na área da tecnologia na Tailândia pelo Telegram. Ele acabou sendo feito refém e também era obrigado a aplicar golpes.
De acordo com as Nações Unidas, gangues criminosas traficaram centenas de milhares de pessoas, forçando-as a golpes ilegais online que geram bilhões a cada ano, especialmente perto da fronteira entre Tailândia e Myanmar. "Após rastrear o grupo e verificar suas nacionalidades, descobriu-se que havia 20 nacionalidades", disse o exército tailandês, observando que 138 eram etíopes.
No início deste mês, a Tailândia cortou eletricidade, combustível e internet para partes de Myanmar onde ocorrem operações ilegais, mostrando preocupação com os centros de golpes que afetam o turismo.
Anualmente, quase 20 milhões de pessoas em todo o mundo são vítimas do tráfico de seres humanos, muitas delas mulheres e crianças. Esse é um crime terrível que custa muito para a vida humana, para as famílias e comunidades em todo o mundo. Até famosos, como chefão da música e rapper P. Diddy, antes conhecido como Sean Combs, está sendo acusado de tráfico de pessoas, entre outros crimes.
Então, como exatamente as pessoas são traficadas? Quais são as táticas usadas? O que mais pode ser feito para erradicar essa terrível exploração de indivíduos inocentes? Clique, descubra as respostas para essas perguntas e conheça a vergonhosa história do tráfico de seres humanos.