Se você pensou que a escravidão era coisa do passado, pense novamente. De acordo com a Anti-Slavery International, quase 50 milhões de pessoas em todo o mundo estão presas em uma situação de escravidão moderna no momento. Por mais chocante que pareça, a escravidão moderna está presente em todos os países do mundo e, muitas vezes, está bem debaixo de nossos narizes.
Dois brasileiros, Luckas Viana dos Santos, de 31 anos, e Phelipe de Moura Ferreira, de 26 anos, estavam sendo mantidos reféns havia mais de três meses por uma máfia de golpes cibernéticos em Mianmar, no Sudeste Asiático. Eles conseguiram fugir do local e foram resgatados com a ajuda da ONG internacional The Exodus Road, informaram familiares ao G1.
Os dois tinham aceitado promessas falsas de emprego e acabaram sendo vítimas de tráfico humano em KK Park, em Mianmar. O local é considerado uma "fábrica de golpes online" e ambos foram escravizados para aplicarem golpes. Segundo a mãe de Luckas, Cleide Viana, agora eles precisam de novos passaportes para não ficarem ilegais no país. "Eles vão ficar um tempo lá, vão depor, porém eles precisam de passaporte e passagem ao Brasil. Está bem difícil o acesso às autoridades brasileiras", destacou ela.
Em ligação para a mãe em 8 de dezembro de 2024, Luckas informou que os criminosos estavam exigindo cerca de US$ 19.500 por sua libertação, valor que superava R$ 120 mil. O caso de Luckas e Phelipe segue um padrão crescente de pessoas sendo atraídas para trabalhos forçados em países do Sudeste Asiático. "Meu filho está sendo explorado, torturado e forçado a cometer crimes contra sua vontade", compartilhou Cleide online.
A escravidão moderna pode assumir muitas formas. Inclui, mas não se limita a: trabalho forçado, servidão doméstica forçada e casamento forçado. Quando se trata de identificar os sinais, há uma série de indicadores gerais a serem observados, bem como alguns mais específicos, dependendo da situação.
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