A Organização Mundial da Saúde emitiu um comunicado enfatizando que "atualmente não há evidências científicas conclusivas que confirmem uma possível ligação entre o autismo e o uso de paracetamol (também conhecido como
acetaminofeno) durante a gravidez". A organização recomendou que gestantes consultem profissionais de saúde antes de tomar qualquer medicamento, especialmente durante o primeiro trimestre.
A OMS também reafirmou que vacinas infantis não causam autismo, citando décadas de pesquisas globais e desacreditando estudos anteriores que indicavam o contrário. A declaração foi divulgada poucos dias depois de uma coletiva de imprensa com o presidente Trump, acompanhado por Dr. Oz e Robert F. Kennedy Jr., que causou mais uma polêmica na comunidade médica. Trump disse repetidamente às gestantes para "lutarem com todas as forças para não tomar" Tylenol e afirmou que o medicamento "não é bom", alegando que causa autismo.
Na realidade, o Tylenol tem sido considerado há muito tempo uma das poucas opções seguras para gestantes tratarem febre e dor. Ainda assim, o autismo tem sido um tema controverso em debates sobre saúde pública há décadas, particularmente entre conservadores de direita.
O comunicado mencionado da OMS aponta que quase 62 milhões de pessoas em todo o mundo (1 em cada 127) têm transtorno do espectro autista. Muitos mitos já foram desmentidos, a conscientização e o diagnóstico melhoraram nos últimos anos, mas as causas exatas do autismo ainda não foram estabelecidas.
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