Seis grandes companhias aéreas suspenderam todos os voos para a Venezuela em 22 de novembro, após a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) emitir um alerta sobre "atividade militar intensificada" e um ambiente de insegurança no país. A medida — adotada pelas empresas Iberia, TAP, LATAM, Avianca, GOL e Caribbean Airlines — representa a maior interrupção no tráfego comercial desde que Washington ampliou sua presença militar na região.
A presidente da Associação de Linhas Aéreas da Venezuela, Marisela de Loaiza, confirmou os cancelamentos, mas não apresentou previsão de retomada. Outras empresas, como Copa, Air Europa, PlusUltra, Turkish Airlines e a venezuelana LASER, continuam operando com frequência reduzida.
O alerta da FAA, emitido 21 de novembro, orientou aeronaves civis a manterem "alta vigilância", citando potenciais riscos em todas as altitudes e fases do voo — desde a rota sobre o país até pousos e decolagens. O comunicado reflete a crescente tensão entre os Estados Unidos e o governo de Nicolás Maduro, em meio a acusações mútuas e ao aumento da pressão diplomática e militar.
Para o Brasil — que mantém forte presença de passageiros na rota, especialmente via GOL — a suspensão acende um alerta sobre a estabilidade da região e os impactos na mobilidade de brasileiros que viajam a trabalho, turismo ou em conexões para o Caribe.
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